terça-feira, 11 de junho de 2013

Apos um ano mais um porcino é sequestrado e Sheyla Freitas (Delegada) é designada para investigar o caso do sequestro


Reprodução/arquivo pessoal

Fabio Porcino
Às vésperas de o sequestro de Popó Porcino completar um ano, outro membro da família foi alvo do mesmo crime. O empresário Fabinho Porcino foi raptado na tarde de ontem enquanto trabalhava na concessionária de veículos da qual é proprietário, em Mossoró. Homens armados e com coletes balísticos com inscrições da Polícia Federal abordaram o empresário e fugiram com ele para um destino ainda não conhecido. Fabinho Porcino é filho do empresário Fábio Porcino e primo legítimo de Popó Porcino.

Para tentar investigar o caso, a Polícia Civil designou a delegada Sheila Freitas, titular da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor). Foi ela quem desvendou o caso Popó Porcino, encontrando o cativeira, resgatando a vítima e prendendo os sequestradores. O sequestro de Popó foi o de maior duração já registrado no Rio Grande do Norte.

Na noite de ontem, a equipe de reportagem do NOVO JORNAL tentou contato com Freitas. Por telefone, ela se resumiu a dizer que não podia falar nada. “Sheila foi designada pela experiência que possui”, disse resumidamente o delegado-geral Ricardo Sérgio Oliveira. Ele se disse impossibilitado em repassar informações sobre o caso.

O jovem empresário, que tem entre 23 e 24 anos de idade, estava no interior da loja “Porcino Mitsubishi”, localizada na Avenida Lauro Monte no bairro Abolição I. A avenida fica a poucos metros da rodovia BR-304, que liga Natal a Mossoró e segue em direção ao estado do Ceará.
O sequestro ocorreu por volta das 15h, de acordo com informações da Polícia Militar. “Oito homens chegaram em dois carros à concessionária armados e com coletes da PF. Rapidamente, renderam a vítima e a levaram em um dos veículos”, explicou o coronel Alvibar Gomes, comandante do policiamento em Mossoró. O oficial não revelou quais os modelos e placas dos veículos utilizados pela quadrilha.

Surpreendidos com a ação, familiares e funcionários da loja acionaram a polícia, que deu início às buscas pelo empresário. Na noite de ontem, a Polícia Militar realizou barreiras e a Polícia Civil deslocou efetivo especializado utilizando o helicóptero da Secretaria de Segurança do Estado.

Fontes policiais ouvidas pela reportagem do NOVO JORNAL disseram suspeitar de que a quadrilha seja oriunda de estados vizinhos, dada a complexidade de um crime como o sequestro. No entanto, não foi possível alcançar detalhes sobre as suspeitas em torno do caso. A polícia não confirmou informações iniciais de que o bando teria ligação com sequestradores de Popó.

Através de redes sociais, amigos expressaram solidariedade. A última interação virtual de Fabinho antes do crime ocorreu por volta das 8h da manhã de ontem. Na rede social “Instagram”, Fabinho publicou uma foto sua com uma mensagem de otimismo: “Bom dia!!! Ótima semana a todos!!! (sic)”. Após o sequestro do rapaz, amigos prestaram apoio na mesma rede social.

“Orando por você. Deus irá iluminar e com certeza irá dar tudo certo”, dizia um dos comentários da fotografia. “Estamos orando para você sair dessa”, dizia outro comentário.

No Instagram, a interação de Fabinho era quase diária. Através da rede, é possível perceber um pouco da sua rotina. As imagens mostram a dedicação quanto à administração da concessionária, assim como viagens ao exterior e promoção de eventos.


"Não desejo isso par ninguém" Na terça-feira da semana passada, o NOVO JORNAL consultou Popó Porcino sobre a possibilidade de uma entrevista. No dia 17 de junho próximo completa-se um ano desde que foi vítima de um sequestro, quando a matéria seria publicada. Os contatos ocorreram, inicialmente, através do Twitter e depois por email. Popó aceitou comentar o caso pela primeira vez desde que foi libertado. O posicionamento, no entanto, foi sucinto.

A reportagem o questionou sobre a alteração na sua rotina desde a longa permanência no cativeiro. Ele respondeu: “Estou com mais cuidado. Evito sair de cada para cantos com muitas pessoas, tipo festas, bares, etc”. Ele acrescentou que não anda mais sozinho. “Ando acompanhado sim e espero que não se repita com fé em Deus”, comentou.

Segundo Popó, o caso “serviu de lição”. “Minha vida mudou muito, pois só trabalho e saio para casa de amigos”. O monitoramento sobre o jovem se tornou constante depois do sequestro. “Sempre me acompanhando [a família] e participando dos cantos que frequento”.

Questionado se temeu pela sua vida, Popó respondeu apenas como um “sim”. No final das perguntas, falou sobre o trauma sofrido. “Não desejo isso para ninguém”.

O sequestro de Popó ocorreu enquanto ele participava de uma vaquejada em um parque localizado em Ceará-Mirim, na Região Metropolitana de Natal. Sobre o local, comentou: “Já tinha ido lá sim e espero não ir mais”.

Em determinadas perguntas, Popó preferiu não responder. Questionado sobre o acompanhamento do processo em que os sequestradores são réus, o jovem disse: “Nada a declarar. Essa parte é da Justiça”. A reportagem o inquiriu sobre contatos posteriores com a polícia e em especial com a delegada Sheila Freitas, que encontrou o cativeiro. “Nada a falar”, afirmou.

Mesmo posicionamento, adotou quando questionado sobre detalhes da negociação em que seus pais foram envolvidos. “Não posso falar muito sobre isso”.

Perguntas foram elaboradas visando detalhar a rotina no cativeiro. A reportagem o questionou sobre a alimentação, acomodação, tratamento dos sequestradores e diálogos eventualmente mantidos. Sobre isso, Popó respondeu resumidamente: “Alimentação normal. Estive os 37 dias com a corrente. Dormia de rede e a comunicação ocorria à noite sem ver a cara das pessoas”.
Ao final do email com as respostas, Popó acrescentou: “Espero que sirvam algumas respostas. Prefiro não contar mais coisas”.

 

Sheyla Freitas é designada para investigar o caso do sequestro


De acordo com matéria publicada pelo repórter Cezar Alves, do portal de DEFATO.COM, a equipe da delegada Sheyla Freitas, da Divisão Especial de Investigação e de Combate ao Crime Organizado (Deicor), foi designada pelo secretário estadual Aldair Rocha para investigar o sequestro do empresário Fabinho Porcino, filho do empresário mossoroense Fábio Porcino.
Sheyla Freitas foi quem investigou e prendeu a quadrilha que sequestrou o primo de Fabinho Porcino, o Popó Porcino há cerca de 1 ano, perto de Natal. Na época, a delegada conseguiu estourar o cativeiro, libertar o refém e prender os sequestradores. O sequestrador que tentou reação terminou morto pelos policiais do Deicor.
O trabalho do Deicor terá apoio da Polícia Federal e também da Poíicia Militar. Sheyla e toda a equipe já embarcaram de Natal na direção de Mossoró, devendo assumir o comando do trabalho até meia noite.


Elementos encapuzados sequestram filho do empresário Fábio Porcino, em Mossoró 





Por: Ismael Sousa
Uma quadrilha formada por cerca de sete a oito elementos sequestraram o filho do empresário Fábio Porcino, na tarde desta segunda-feira (10). Fabinho Porcino, estava no escritório da Concessionária Mitsubishi Motors, na Avenida Lauro Monte, quando foi levado pelos criminosos.
De acordo com informações colhidas no local, a quadrilha utilizava roupas da Polícia Federal e chegaram em dois veículos. Armados de fuzis, os sequestradores informaram que Fabinho estava sendo intimado pela justiça. Os criminosos renderam a vítima e levaram em um dos veículos.
Várias guarnições da Polícia Militar (PM) estiveram no local apurando as informações. O comando da PM em Mossoró ouviu de testemunhas as informações durante a ação criminosa. A polícia Civil também acompanha o caso. A mãe de Fabinho, em estado de choque foi atendida por uma equipe do Samu no local.
Um helicóptero cedido por um empresário local auxiliou nas buscas durante a tarde de hoje, mas até o momento não se tem informações do paradeiro da vítima e dos criminosos. A polícia prefere manter sigilo durante as investigações.
Drama
A família Porcino Costa, vivenciou um drama parecido há cerca de um ano. O jovem Porcino Segundo, primo de Fabinho Porcino, foi sequestrado no dia 17 de junho de 2012, no Parque de Vaquejadas Lorival Pereira, em Macaíba.
Popó ficou sob o poder de criminosos por mais de um mês, onde foi libertado no dia 24 de julho de 2012, durante uma ação realizada pela Polícia Civil na praia de Pitanqui, em Extremoz. Na época, a quadrilha que foi presa, pedia o resgate de R$ 2 milhões.

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